ÍNDICE GERAL dos Scraps
Sentimentos:
Abraços
AMIZADE
Dia do Amigo
Dia da Amizade
AMOR
Beijos
Confiança
-
Lealdade
-
Sinceridade
Paixão
Saudade
Semana
e dia-a-dia
Feriado-Feriadão
Férias
Comemorativas
Ação de Graças
Animais
Carnaval
Dia das Bruxas
Dia do
Professor
Dia da
Mulher
Dia da Secretária
Páscoa
Natal
Namorados
Fé -
Otimismo
Anjos
Católicos
Cristãos-Gospel
Deus - Jesus
Fé, Esperança
Otimismo
Prece-Oração
Reflexões
Mensagens
Casais Cristãos
Casais Católicos
Especiais
Educativos
Dengue
Efeito-água
Poesia
Poemas Românticos
Poesias
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Olympia
Salete Rodrigues
(Sal) |
Sal
e Eu
- por Oriza Martins
Os internautas que acessam
a seção de poemas do
Portal de Emoções têm o privilégio de curtir a
maravilhosa poesia de
Olympia Salete Rodrigues
- a nossa querida "Sal".
Conheci Sal através do
site e vivenciamos uma curta
(mas não efêmera e sim intensa)
correspondência, nos derradeiros tempos de sua profícua
existência. Além da poesia, o que nos ligou de imediato
foi o imenso amor pelos animais.
Salete era uma dessas
pessoas inesquecíveis, capazes de alavancar nossos mais
profundos sentimentos. Uma batalhadora valente,
incansável, que se entregava integralmente em defesa de
suas ideias.
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Nos emails trocados comigo
durante os últimos dias de 2004 e início de 2005, Salete
revelou-se de forma tão autêntica e com palavras que
veiculavam tantas mensagens, que achei oportuno dividir
a experiência com os leitores do nosso Portal.
1
-
Primeiros
contatos de Oriza com Sal
2
-
"Não mereço, mas agradeço" e "Meu Testamento"
3
- Natal de 2004
4
- Natal de 2004 - resposta de Oriza ao email de Sal
3 - Natal de
2004
-
por Sal
Estávamos em
época de Natal, ano de 2004.
Nesse email, Sal comenta a temática de meu conto "O
Carneirinho de Natal", abre seu coração e deixa fluir o veio
das emoções, a amargura com a distância dos (outrora)
amigos, a doença que avança, a solidão...
Com a palavra, Sal:
20/12/2004
Oriza querida.
Sorte sua que
o "santo" da inspiração baixa de vez em quando... em mim não
baixa mais e não curto a vida sem escrever.
Eu vi numa sua
página o nome do conto do Carneirinho.
Não li, não
quis ler, porque era de natal (mas li agora e me lembrei da
leitoinha que, na minha infância, eu não queria que
matassem, mataram e, à mesa, eu chorei, todos choraram e
ninguém teve coragem de comer). Tenho que te dizer para que
me conheça melhor: detesto natal, ano novo, festas em geral,
principalmente as festas piedosas, acho que virou tudo
comércio e, mais grave ainda, hipocrisia. Será que as
crianças pobres só brincam e comem no natal? Será que os
abraços e os votos são sinceros, realmente honestos? Pela
minha vivência, não creio nisso. E por que, as pessoas que
nos abordam com mensagens de final de ano, não nos oferecem
seu apoio durante o ano? Sou sozinha (sem família) há mais
de dez anos. Mas tinha amigos. Quando não mais pude sair,
impedida pelo progresso de minha doença, ainda podia
oferecer alguns almoços e churrascos, e os supostos amigos
vinham em bando, a gente se divertia. Com o tempo, nem isso
pude mais fazer, todos (sem exceção) fugiram. Desde 1967 eu
passo natal e ano novo sozinha. Tudo isso me fez descrer do
ser humano, fora toda a violência que grassa no mundo.
Já disse a você num
e-mail que não consigo ser otimista como você. Não consigo
mesmo. Na verdade, não creio em nada a não ser na realidade
em que vivo. E gosto de ser assim porque é a forma de manter
pés no chão. Por isso me espantei tanto quando você abriu as
portas de seu Site para mim. Reconheço que meu trabalho é
razoavelmente bom, mas nem sempre sou tão bem aceita porque,
em geral, o preconceito das pessoas me rejeita. Por isso
admiro você que não alimenta esse preconceito.
Há tempos queria lhe
falar isso e mais ainda. Acho que chegou o momento agora.
Não sei, na verdade, o que você sabe de mim, além do que
escrevo e que sua sensibilidade capta. E não gosto de me
esconder, não quero que quem me acolhe não tenha suficiente
conhecimento de mim.
Para o ano
desejo apenas que você tenha coragem para vencer as dores
que certamente virão e que tenha a sabedoria para gozar as
alegrias e sucessos que virão temperar tudo.
Beijos.
Sal
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