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É preciso que
seus educandos acreditem que ele é
uma pessoa compreensiva, amorosa e
respeitável.
Estudando o volume 14, item 11, da
coleção A Verdade da Vida,
verifica-se que os atos educativos
mais prejudiciais à boa educação são
os autoritários:
- Repreensão excessiva
– a repreensão grava
duplamente o mal na mente da
criança e provoca nela o
desejo de repetir o mesmo
mal.
- Impor-se pelo temor
– a criança pode deixar de
praticar o mal pelo temor de
ser repreendida – mas
interiormente ela está
gravando em sua mente um
duplo mal: o desejo de
praticá-lo e o temor.
- Violência e punição
– crianças que sofrem
violência e punição quando
desobedecem a seus
superiores, tendem a ser
adultos opressores de seus
subordinados.
- Coação – quando é
coagida a fazer algo, a
criança se rebela e perde o
interesse por aquilo que
está sendo forçada a fazer.
No caso dos estudos, por
exemplo, passa a
detestá-los.
Educando
com autoridade
Em primeiro lugar, o educador
precisa conscientizar-se de que, no
interior de uma criança, assim como
de todos os seres, existe a natureza
divina, a essência perfeita. A
criança é capaz de raciocinar e de
entender tudo o que lhe é explicado,
quando é orientada com amor. O
educador que tem autoridade, que
pretende formar cidadãos éticos e
realizados, deve, de acordo com a
Educação da Vida,
proceder da seguinte maneira:
- Recorrer à lógica
– explicar pacientemente à
criança o porquê das coisas
– faz com que ela ouça e
facilite a sua compreensão e
aprenda a explicação lógica
– isso desenvolve em sua
mente a capacidade de
raciocínio e dedução.
Entretanto, muitos pais
recorrem à violência, não
porque não amam seus filhos,
mas porque pensam que eles
não conseguem entender a
lógica. Se explicar
pacientemente porque devem
agir de determinada forma,
com certeza eles entenderão.
- Dar ao educando a
liberdade de se expressar
– Ouvir. É necessário ouvir
atentamente o que ele tem a
dizer, dando-lhe a liberdade
de se expressar à sua
maneira. Resolver a questão
em conjunto. Isso favorece o
bom relacionamento entre
ambos.
- Orientar o pensamento
e a vitalidade da criança
– é dever do educador
orientar os atos dos
educandos para a direção
correta. “Entre os desejos
da criança estão misturadas
‘ervas daninhas’ que, se não
forem removidas,
dificultarão o
desenvolvimento das
qualidades que poderão dar
belas flores e bons frutos.
(...) Distinguir bem entre o
que deve ser desenvolvido e
o que deve ser removido, e
desenvolver somente as boas
qualidades”.
- Habituar a criança a
praticar bons atos –
orientá-la a criar bons
hábitos e realizar boas
ações. Também com relação
aos jovens, é necessário
chamar a atenção deles para
as necessidades das pessoas
ao seu redor.
- Respeitar a
individualidade da criança
– “Certamente a
individualidade da criança
deve ser respeitada, mas
isso não significa que se
deva permitir-lhe fazer
indiscriminadamente tudo que
quiser.” Hoje em dia, com o
argumento de que se deve
preservar a individualidade
ou promover a auto-estima do
educando, muitos educadores
permitem-lhes praticar atos
que prejudicam a harmonia do
ambiente. Para formar
cidadãos éticos, é
necessário que eles
compreendam que não podem
fazer coisas que tragam
malefícios aos outros em
favor de seus próprios
caprichos e interesses.
- Ensinar a ser humilde
– com humildade, o adulto
não deve sustentar
teimosamente seu argumento
falho. “Quando um adulto se
ajoelha diante da Verdade, a
criança compreende que ela
também deve ser humilde
perante a Verdade.” Ela
perceberá claramente isso e
irá habituando-se a não
insistir nos erros. “Não
deve ficar a impressão de
que a criança convenceu o
adulto. Essa humildade não
significa a derrota do
adulto ante o argumento da
criança, e sim o exemplo de
como é bom o ser humano,
inclusive o adulto,
curvar-se humildemente
diante da Verdade. Isso é
muito importante para o
desenvolvimento sadio da
natureza humana.”
O bem se origina
do livre fluxo da energia vital
“Não se deve
coagir a criança a fazer algo. Não
se deve coagir ninguém. No mundo sob
coação, tudo parece correr em
perfeita ordem, mas o que ali existe
é unicamente um movimento mecânico.
Ali não existe nenhuma boa ação. O
bem se origina unicamente do livre
fluxo da energia vital. O ser humano
possui o dom de praticar
espontaneamente o bem quando sua
energia vital flui livre e
descontraidamente. Por conseguinte,
não se deve empregar métodos
coativos, mesmo para conduzir o
caráter e os desejos da criança para
a direção certa.”
Bibliografia:
TANIGUCHI, Masaharu, A Verdade
da Vida, vol. 14 - item 11, pp.
187-192
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