Bóiam
leves, desatentos...
Bóiam leves,
desatentos
Meus pensamentos
de mágoa,
Como no sono dos
ventos,
As algas,
cabelos lentos
Do corpo morto
das águas.
Bóiam como
folhas mortas,
A tona de águas
paradas.
São coisas
vestindo nadas,
Pós remoinhando
nas portas
Das casas
abandonadas.
Sono de ser, sem
remédio,
Vestígio do que
não foi,
Leve mágoa,
breve tédio,
Não sei se pára,
se flui;
Não sei se
existe ou se
dói.
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