Baladas
de uma outra terra, aliadas
Baladas de uma outra
terra, aliadas
Às saudades das fadas,
amadas por gnomos idos,
Retinem lívidas ainda
aos ouvidos
Dos luares das altas
noites aladas...
Pelos canais barcas
erradas
Segredam-se rumos
descridos...
E tresloucadas ou
casadas com o som das
baladas,
As fadas são belas e as
estrelas
São delas... Ei-las
alheadas...
E sao fumos os rumos das
barcas sonhadas,
Nos canais fatais iguais
de erradas,
As barcas parcas das
fadas,
Das fadas aladas e
hiemais
E caladas... Toadas
afastadas, irreais, de
baladas... Ais...
Fernando Pessoa
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