NATAL
Turvou-se de penumbra o
dia cedo;
Nem o sol apertou no meu
beiral!
Que longas horas de
Jesus! Natal…
E o cepo a arder nas
cinzas do brasedo…
E o lar
da casa, os corações aos
dobres,
É um painel a fogo em
seu costume!
Que lindos versos
bíblicos, ao lume,
P'lo doce Príncipe
cristão dos pobres!
Fulvas
figuras pra esculpir em
barro:
À luz da lenha, em rubro
tom bizarro,
Sou em Presépio com meus
pais e irmãos
E junto
às brasas, os meus olhos
postos
Nesta evangélica
expressão de rostos,
Ergo em graças a Deus as
minhas mãos.
Afonso Duarte