Entre
o bater rasgado dos pendões
E o cessar dos clarins na
tarde alheia,
A derrota ficou : como uma
cheia
Do mal cobriu os vagos
batalhões.
Foi em vão que o Rei louco
os seus varões
Trouxe ao prolixo prélio,
sem idéia.
Água que mão infiel verteu
na areia _
Tudo morreu, sem rastro e
sem razões.
A
noite cobre o campo, que o
Destino
Com a morte tornou
abandonado.
Cessou, com cessar tudo, o
desatino.
Só no
luar que nasce os pendões
rotos
'Strelam no absurdo campo
desolado
Uma derrota heráldica de
ignotos.
Fernando
Pessoa |