Poemas de

Afonso Celso

 gifsbyoriza  em  português

 

English

French-Français

Portuguese-Português

Italian-Italiano

German-Deutsch

Spanish-Español

GUESTBOOK





No baile

Ontem ao contemplá-la decotada,
Ao primor do seu colo descoberto,
Senti-me tonto, da vertigem perto,
Fremente o pulso, a vista deslumbrada.

E, como em láctea fonte perfumada,
Sorvi-lhe sonhos mil no seio aberto,
Com a sede de um filho do deserto
Que encontre enfim a linfa suspirada.

Giram em derredor das níveas flores,
Sofregamente, insetos zumbidores ...
- Meus desejos então foram assim...

Mas arredei os olhos, de repente,
Pois meu olhar podia, de tão quente,
Crestar-lhe a fina cútis de cetim!

(Poesias escolhidas, s/d)

Afonso Celso

 

Portal de Frases, Pensamentos e Citações

 

Portal de Poesia ---> procure seu poeta

 

Índice de Poemas: título, autor e primeiro verso

 

 

A confiança

Sem ti, a mente se afunda,
Minada em seus alicerces:
Feliz daquela em que exerces
Tua ascendência fecunda.

De quem te adota por guia
Quão segura a diretriz!
Sim! Feliz o que confia,
Feliz, três vezes feliz!

Mas, como o vidro, és frangível.
Não raro, a um gesto, a uma frase,
De chofre vai-se-te a base;
Cais, e, depois, é terrível.

O vidro quebrado corta
A mão que incauta o apertou...
Oh! como a confiança morta,
Coração, te retalhou!

Tudo falácia e quimera...
- Tem talvez sorte bendita
Esse que em nada acredita,
Nada esperou, nada espera.

Afonso Celso

 

 

 
 

 

 

Gifs de ANIVERSÁRIO

 

 

Enviar por email

 

 

 

 

 

Home - English French-Français Portuguese-Português Italian-Italiano German-Deutsch Spanish-Español GUESTBOOK